ESCOLHAS
CONSCIENTES OU INCONSCIENTES?
A todo momento estamos fazendo
escolhas na vida. Elas podem ser conscientes
ou inconscientes. Quanto maior o autoconhecimento, mais conscientes serão nossas
escolhas. Quanto maior a ignorância de si mesmo, mais inconscientes seremos
levados pela vida.
Há quem diga que a ignorância é uma
bênção, e pode ser mesmo, especialmente porque a consciência pode trazer muita
dor e angústia. E a situação piora quando a consciência aumenta, mas as
atitudes de mudança não a acompanham. Isso gera nos indivíduos um sentimento de
incoerência enorme: saber o que precisa mudar e não conseguir fazê-lo.
Somos viciados em nossos padrões
familiares e em crenças limitantes que fomos internalizando ao longo do nosso
processo educacional. Nossas famílias - assim como a sociedade, a religião, a
cultura - ditaram o que é certo e errado, bom e ruim, adequado e inadequado. E
aprendemos que para sermos amados, deveríamos ser leais aos ditos familiares. Nem
sempre questionamos se essas heranças nos fazem felizes ou não. E quando
questionamos, ficamos as voltas com o medo de perdermos o amor de nossos entes
queridos, caso façamos uma mudança que pode desagradá-los.
Assim, construímos parte das nossas
escolhas inconscientes, na pura e simples repetição de padrões familiares, sem
questionamentos, sem uma verdadeira apropriação reflexiva dos mesmos.
Esforçar-se para fazer escolhas
conscientes, não nos dá nenhuma garantia de que teremos um resultado
específico. Muitas vezes os frutos, dessa consciência podem ser frustrantes, na
medida em que nem sempre temos controle sobre as consequências do que
escolhemos.
Por que, então, investir nessa busca
de escolher conscientemente?
Dê uma olhada ao seu redor. Você
está satisfeito com sua vida? Você está feliz com suas relações? E com sua
profissão? Você tem alegria durante seu dia? Você se sente em paz quando deita
pra dormir?
Quando sentimos alguma angústia
inespecífica, isso é um sinal de que estamos vivendo inconscientemente e
precisamos compreender se a nossa realidade nos alimenta de fato ou não, emocionalmente, intelectualmente e espiritualmente. O
caminho em direção ao autoconhecimento nos ajuda a entender melhor nossos
sentimentos e desejos desconhecidos. Se eles não estiverem de acordo com a
realidade, identificamos que ali se encontra a necessidade de mudarmos o rumo,
de fazermos novas escolhas.
A estrada da consciência pode levar em direção a novas possibilidades
de vida, quiçá mais satisfatórias e felizes. A estrada da inconsciência nos deixa paralisados e estagnados no
mesmo lugar, vivendo e revivendo os velhos padrões.
E se existe alguma chance de
transformação ao caminharmos através da estrada da consciência, mesmo que não
tenhamos o controle sobre os resultados, talvez ela valha a pena de ser
trilhada.
A dor maior não é aquela sofrida
pela falta de resultados, mas sim a de vivermos uma vida em desacordo com nossos
desejos e valores. É viver uma constante incoerência entre pensamento,
sentimento e ação.
Viver conscientemente requer que
paremos de negar a realidade que vivemos, ou de negar nossos sentimentos em
relação a ela, e busquemos ser completamente responsáveis pela nossa existência. Sermos senhores do nosso destino.
Então estimado leitor, suas duas
maiores escolhas serão entre ser consciente e responsável por sua realidade ou
ser inconsciente e deixar a vida te levar. Onde você se encontra nesse momento?
Deixe seu comentário no espaço abaixo!
Adriana Freitas
Psicoterapeuta Sistêmica
em Belo Horizonte
Instagran: @solteirosecasais
Referência da Figura:
1. foto extraída do site: http://morguefile.com/search/morguefile/1/choices/pop
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"A dor maior não é aquela sofrida pela falta de resultados, mas sim a de vivermos uma vida em desacordo com nossos desejos e valores. É viver uma constante incoerência entre pensamento, sentimento e ação."
ResponderExcluirOlá Adriana!
É muito bom poder ler seus textos. Sempre me levam a questionamentos necessários e neste não foi diferente. Uma reflexão pertinente para mim é esse trecho de seu post.
Como somos incoerentes com nossos valores. Muitas vezes percebo em mim e nas pessoas que me cercam que não são os padrões familiares e religiosos que nos construíram o problema, mas sim nossa constante busca em nos adequarmos ao estilo de vida atual de nossa sociedade. Uma necessidade básica de todo ser humano é pertencer. Queremos fazer parte.
Em nossos dias uma escolha contrária a certos padrões que se tornaram absolutos nos leva a uma angústia velada. Muitas vezes queremos negociar para não estar na contramão. É aí que nos perdemos. Nossas escolhas conscientes passam também por esse crivo.
Tenho a sensação que aceitar a pluralidade e diversidade atual sempre funciona para o outro e seu estilo de vida. Nunca funciona conosco rs.
Quem de fato caminha na busca de autoconhecimento entendeu que independente de padrões que nos foram impelidos ou de conceitos atuais que estão se tornando “regras”, temos o direito de optar. Mesmo sabendo que essa opção não irá agradar.
A paz é o árbitro. O sono vem quando estamos em conformidade conosco. Tranquilidade impera quando optamos pela coerência e não pela aceitação dos que nos cercam.
Olá Leonardo,
Excluirfico feliz que o texto tenha lhe inspirado toda essa reflexão.
Você tem razão, infelizmente uma de nossas maiores dificuldades é viver de forma incoerente para sermos aceitos pelos outros de nossa vida, o que não resolve o problema da angústia.
Essa é uma construção de longo prazo, que o buscador deve fazer constantemente.
Agradeço seu comentário!
Um abraço
Adriana
Olá Adriana!
ResponderExcluirPerfeita o texto em sua mensagem.
Na verdade o problema é que desejamos não sentir dor, seja ela física ou emocional.
Fugir da dor é uma reação comum, porém enfrentar a dor e o que nos causa a dor, também.
Assim é interessante porque qualquer caminho traz angústia e dor, não há como escapar dela, apenas como aprender a vivê-la de maneira mais útil e rica.
Abração
Oi Akim!
Excluirque alegria ver seu comentário no meu blog. Sou fã do seu site!
Você falou da fuga da dor e do enfrentamento, ou seja, não é possível ter um resultado bom fugindo! É necessário enfrentar de forma adulta as consequências das nossas escolhas. Se elas pelo menos forem coerentes, terá valido a pena.
Agradeço seu comentário!
Abraço
Adriana
Adorei o texto!"ser consciente e responsável por sua realidade ou ser inconsciente e deixar a vida te levar".Essa segunda opção pode nos parecer mais confortável, mas sem dúvida, uma hora, nos levará a viver a realidade, e talvez, através de muito sofrimento causado pela atitude inconsciente.
ResponderExcluirQue bom que você gostou do texto Erika!
ExcluirNem sempre a escolha mais confortável é a melhor e a mais coerente. Somente assumindo nossos desejos de forma coerente, podemos arcar com as consequências de uma forma mais adulta e consciente.
Agradeço seu comentário
Abraço
Adriana